domingo, 13 de outubro de 2013

Fotografia e Midia Digital com Jofre Silva


Jofre palestrou sobre a fotografia e o uso dela como forma de expressão. A idealização desse conceito é interessante, porém, esperava mais dos tópicos da palestra. Apesar disso, curiosidades a cerca do tema como a fotografia The Two Ways of Life me conquistaram.

Fotografada por Oscar Gustav Rejlander, The Two Ways of Life foi inspirada na "A Escola de Atenas", sendo uma de  suas obras mais conhecidas. No centro da foto há um mestre orientando dois jovens. Os dois lados extremos da foto indicam o lado do mal - prostituição, bebidas, vícios - e o outro indica o lado do bem - o trabalho honesto e a religião. Cada um olha para o lado que mais sacia sua personalidade. O primeiro jovem olha para o lado do mal, satisfeito com o que vê, em contraste com o segundo jovem que olha para o lado do bem com uma expressão séria - como se tivesse aceitando o desafio. Apesar do preconceito artístico com a fotografia na época, obteve grande sucesso no círculo intelectual. Na época, Oscar buscava melhorar a nitidez de suas fotos e acabou descobrindo um processo chamado de impressão composta. Onde o fotógrafo utiliza vários negativos para compor uma única foto. Em The Two Ways of Life foram utilizados mais de 30 negativos para sua composição.



Alguns fotógrafos também foram citados na palestra: Julia Margareth Cameron, Joel-Peter e Man Ray, este já bastante conhecido. A relação de cada um com a fotografia é única. Joel-Peter é conhecido por sua obra artística extremamente obscura e grotesca, além das diversas referências com a mitologia grega.




Man Ray, ou Emanuel Rudzitsky, nasceu na Filadélfia e morreu em Paris em 1976. Pintor e fotográfo, Man Ray junto com Michael Duchamp, foi um dos pais do movimento dadaísta em Nova York. Trabalhou com diferentes áreas além da fotografia e pintura, chegando até produzir filmes. Como fotógrafo, dedicou-se tanto à fotografia do tipo experimental quanto à de moda ou aos retratos. Trabalhou processos de solarização e outros tipos de interferência no negativo dando um resultado mais abstrato em suas representações.




Por ser uma das poucas mulheres fotógrafas conhecidas de uma época tão remota (séc.XIX) achei interessante a citação dela. J.M. Cameron nasceu na Índia em 1815 e foi uma das propulsoras da fotografia de retrato. Recebeu sua primeira câmera da filha de presente. Como não tinha necessidades financeiras, tirava suas fotos por hobby e a qualidade foi rapidamente reconhecida - sendo contratada até por Charles Darwin. Seu trabalho era inspirado em pinturas românticas e graças a isso, o místico era comum em suas fotos. Geralmente, J.W. Cameron tirava fotos de figuras femininas, todas retratadas de forma angelical e pura. Os desfocados que compõe a estética de suas fotos veio de um acidente - sua câmera só permitia um ponto de foco, logo o resto ficava desfocado. Sendo possível perceber esse estilo em diversas de suas fotos. Seu portfólio, hoje, inspira diversos trabalhos editorais no design, principalmente em Moda. 


Apesar do foco da palestra não ter ficado muito claro, os exemplos falam por si só. Esses três fotógrafos, ao meu ver, definem o tema. Pois através da arte eles passaram suas ideologias, suas reflexões, seus dramas internos e seus relacionamentos. E as edições feitas, tanto errôneas como propositais, ajudaram a construir o conceito do que é hoje  a fotografia na mídia digital.

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